Dr. Dener Zandonadi

21 de agosto de 2024

A cirurgia de hérnia de disco é só em último caso?

A cirurgia de hérnia de disco é só em último caso

Sim, a cirurgia de hérnia de disco é geralmente considerada como último recurso, sendo indicada apenas quando os tratamentos conservadores falham ou há risco de complicações graves, como perda de função motora.

A cirurgia de hérnia de disco é geralmente considerada como uma opção de tratamento em último caso, de acordo com os conceitos médicos. A maioria dos casos de hérnia de disco pode ser tratada com métodos conservadores, como fisioterapia, medicamentos e mudanças no estilo de vida. Esses tratamentos visam reduzir a inflamação, aliviar a dor e melhorar a mobilidade do paciente, evitando a necessidade de uma intervenção cirúrgica.


A cirurgia é hérnia de disco é indicada quando os sintomas persistem ou pioram após um período significativo de tratamento conservador, geralmente entre 6 a 12 semanas. Além disso, a presença de sinais de compressão nervosa severa, como perda de função motora, incontinência urinária ou fecal, pode exigir intervenção cirúrgica imediata. Esses sintomas indicam que a pressão exercida pela hérnia sobre os nervos é significativa e pode causar danos permanentes se não for tratada.


Os procedimentos cirúrgicos variam de acordo com a gravidade da hérnia e a localização exata do disco afetado. As opções incluem discectomia, que remove parte do disco para aliviar a pressão sobre os nervos, e fusão espinhal, que estabiliza a coluna vertebral. Essas técnicas são eficazes, mas envolvem riscos, como infecção, lesão nervosa e tempo de recuperação prolongado.


Portanto, a decisão de operar deve ser cuidadosamente avaliada por um neurocirurgião, levando em consideração a condição clínica do paciente, os riscos envolvidos e a possibilidade de melhora com tratamento não cirúrgico. A cirurgia é, de fato, uma opção de último recurso, reservada para casos onde outras abordagens não oferecem alívio adequado ou quando há risco iminente de complicações graves.

Como é feita a cirurgia de hérnia de disco?

A cirurgia de hérnia de disco é realizada para remover ou aliviar a pressão que o disco danificado exerce sobre os nervos da coluna vertebral. O procedimento mais comum é a discectomia, que pode ser feita de forma aberta ou minimamente invasiva, utilizando uma pequena incisão e instrumentos especializados para acessar e remover a parte herniada do disco.


Na discectomia tradicional, o cirurgião faz uma incisão na pele para expor a coluna vertebral, removendo parte do osso ou ligamentos para acessar o disco afetado. Em seguida, a parte herniada do disco é removida, aliviando a pressão sobre os nervos comprimidos. O restante do disco permanece intacto para manter a estrutura da coluna.


Nas técnicas minimamente invasivas, como a microdiscectomia, são utilizadas pequenas incisões e um microscópio cirúrgico para melhorar a visualização e precisão. Essas técnicas reduzem o trauma aos tecidos circundantes, resultando em menos dor pós-operatória e uma recuperação mais rápida para o paciente.


Em casos de maior complexidade clínica, pode ser necessária a fusão espinhal, onde as vértebras são unidas para estabilizar a coluna após a remoção do disco. Esse procedimento pode envolver o uso de enxertos ósseos e dispositivos metálicos, como placas ou parafusos, para garantir a estabilidade da coluna vertebral.

A cirurgia de hérnia de disco é perigosa?

A cirurgia de hérnia de disco, como qualquer procedimento cirúrgico, envolve riscos, mas é geralmente considerada segura quando realizada por um neurocirurgião experiente. Os riscos incluem infecção, sangramento, lesão nervosa e, raramente, complicações graves como a síndrome da cauda equina. No entanto, a maioria dos pacientes não apresenta complicações significativas.


A escolha pela cirurgia é feita após uma avaliação cuidadosa dos benefícios e riscos, sendo indicada principalmente quando o tratamento conservador não proporciona alívio e há risco de danos permanentes aos nervos. O sucesso do procedimento depende de vários fatores, incluindo a técnica cirúrgica utilizada, a condição do paciente e a localização da hérnia.


Técnicas minimamente invasivas, como a microdiscectomia, têm reduzido ainda mais os riscos associados à cirurgia, diminuindo o tempo de recuperação e a dor pós-operatória. Esses avanços tornam a cirurgia uma opção viável e segura para muitos pacientes que sofrem de hérnia de disco severa.


Embora existam riscos inerentes, a cirurgia de hérnia de disco é considerada segura e eficaz para a maioria dos pacientes, especialmente quando outras opções de tratamento falham. A decisão de operar deve sempre ser baseada em uma avaliação detalhada por um especialista, considerando os benefícios potenciais em relação aos riscos envolvidos.

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